4. Prescrições Técnicas – 1ª parte

4.1. Pluviosidade de cálculo

4.1.1. Os estudos de pluviosidade deverão recorrer a dados de fontes oficiais, sendo desejável que recorram a séries históricas de precipitação correspondentes a períodos não inferiores a 10 anos.

4.1.2. Os valores das intensidades máximas poderão ser utilizados para cálculo da capacidade hidráulica da filtragem.

4.1.3. Os períodos de retorno devem ser fixados tendo em atenção as condições locais, recomendando-se, nos casos habituais, o valor de 5 anos.

4.1.4. No Anexo 2 apresenta-se um Mapa da Pluviosidade Média em Portugal, elaborado pela ANQIP com base em dados do Instituto de Meteorologia (1961-1990).

4.1.5. Não se devem considerar como superfícies de recolha aquelas que estejam em contacto periódico com fontes poluidoras (zonas de contacto com animais ou máquinas, etc.).

4.2. Desvio das primeiras águas

4.2.1. Recomenda-se a instalação de um dispositivo de funcionamento automático para desvio do escoamento inicial (first flush).

4.2.2. O volume a desviar poderá ser determinado com base em critérios de tempo ou com base na área da cobertura e numa altura de precipitação pré-estabelecida, que poderá variar entre 0,5 e 8,5 mm, conforme as condições locais.

4.2.3. Na ausência de dados ou de estudos das condições locais, deverá ser considerado o desvio de um volume correspondente a 2 mm de precipitação, podendo adoptar-se um valor inferior em casos justificados. O volume a desviar será dado pela expressão

Vd = P.A

onde

Vd d – Volume a desviar do sistema (litros)

P– Altura de precipitação (mm) admitida para o fisrt flush (em geral 2 mm)

A– Área de captação (m2)

4.2.4. Quando se opte pelo critério de tempo, deverá ser desviado um volume mínimo correspondente aos primeiros 10 minutos de precipitação, podendo adoptar-se um valor mais baixo (não inferior a 2 min) quando o intervalo entre precipitações não exceda quatro dias.


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